Bancada evangélica impede Assembleia de votar projeto de enfrentamento à discriminação sexual

Ficou para a próxima quarta-feira (25) a votação do projeto de lei nº22.845/2018, que dispõe sobre penalidades administrativas a serem aplicadas pela prática de atos discriminatórios em razão da orientação sexual e identidade de gênero a estabelecimento que recusar ou impedir o acesso, a permanência ou atendimento em órgãos e repartições públicas, bem como áreas públicas de lazer e similares. 

De autoria do deputado estadual  Zó (PCdoB) e relatado na Comissão de Constituição e Justiça por Fabíola Mansur (PSB), o projeto chamado de Milena Passos poderia ter sido votado nesta quarta-feira (18) porque houve acordo de lideranças, no entanto, os deputados Samuel Júnior, Jurailton e José de Arimateia (os três do Republicanos) ameaçaram pedir vistas à matéria. A bancada evangélica, da qual os republicanos fazem parte, é contra a proposição.

O líder da oposição, Sandro Régis, queria que a aprovação do projeto que assegura direitos a comunidade LGBT tão perseguida e violada em sua dignidade fosse por unanimidade.

Entretanto, ele não conseguiu consenso entre seus pares. Partiu dele a sugestão de adiar a votação para a próxima semana. “Peço desculpas por não ter conseguido o consenso, embora a maioria esmagadora queira a aprovação. Temos os mesmos pensamentos que vocês [governostas] sobre preservação dos direitos e igualdade de todos”, lamentou para em seguida emendar. “Caso não aconteça o consenso, vou assinar a dispensa de formalidades e cada um votará do jeito que quiser”.