Caminhoneiros recorrem à Justiça contra política de preços da Petrobras

A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) entrou com uma ação no último sábado (12), no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), com pedido de suspensão da Política de Paridade de Preço Internacional (PPI), que faz com que a Petrobras equipare os preços dos combustíveis ao valor da cotação do barril de petróleo.

Quem divulgou a informação foi o presidente da associação, Wallace Landin, o Chorão, um dos líderes da greve de 2018. Segundo ele, a nova política de preços da Petrobras, adotada em 2016, garante lucro de 1400% para a estatal “em detrimento do sofrimento dos brasileiros”. 

“Nosso pedido é pela suspensão da Política de Paridade de Preços Internacional – PPI, que deixa toda sociedade refém do mercado internacional pagando pelo barril de petróleo mais de US$ 105 [preço atual], enquanto o custo para a Petrobras de produção é de aproximadamente US$ 20”, reclamou Chorão, por meio de nota divulgada à imprensa. 

Os caminhoneiros ainda não entraram em um consenso sobre a possibilidade de uma nova greve. O presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sinditaque-MG), Irani Gomes, disse que o Projeto de Lei aprovado no Congresso Nacional, que cria uma alíquota única do ICMS sobre os combustíveis, não ajuda a categoria.

Segundo Gomes, o problema é a PPI. Por vídeo, o presidente do Sinditaque-MG garantiu que, por enquanto, a possibilidade de greve está suspensa devido a um acordo com as distribuidoras de repassar o último aumento feito pela Petrobras de 24,9% no diesel para o frete.