“A Lei Rouanet não é mamata”, reage Flora Gil à ofensivas do governo sobre a classe artística

Responsável pela carreira do cantor e compositor Gilberto Gil desde 1982, Flora desenvolveu grandes projetos, além de shows nacionais e internacionais. Ela é diretora da Gegê Produções, que abriga também a Xire, responsável pelo empresariamento de outros artistas da Música Popular Brasileira, como Adriana Calcanhoto e Os Gilsons. Envolvida no setor cultural a mais de quatro décadas Flora é uma das defensoras da Lei Rouanet e diz que os ataques partem dos menos informados sobre o benefício. 

Para Flora, os desinformados e os influenciados por fake news é que têm a falsa impressão de “mamata”. Eu estou até hoje perguntando qual foi a mamata. Qual a mamata que existiu? Não tem mamata. A Lei Rouanet é uma lei que existiu e foi feita para ser usada. Não é uma lei escondida. É uma lei federal. Todo mundo pode usar. Acho que o governo federal não gosta da gente. Da classe artística. Pelo menos de uma maioria”, disse em entrevista ao editor-chefe do Portal M! e colunista do Jornal A Tarde, Osvaldo Lyra.

Flora Gil avalia que é muito mais prático bater na porta de uma empresa e pedir patrocínio direto.

“A Lei Rouanet não é mamata. Você começa com a Lei Rouanet, quando você aprova um projeto na lei, você começa com um grande desafio. Você aprova um projeto na lei de R$100 mil, você fala “bom, estou apta a captar R$100 mil, mas quem vai me dar R$100 mil?”. Aí você tem que botar seu projeto embaixo do braço, e ficar batendo na porta, explicar para alguns departamentos de marketing o que é a Lei Rouanet, porque tem alguns não trabalham com a Lei, só com recursos próprios. Depois que você explica aquilo, eles vão te patrocinar com algum dinheiro, você tem que prestar uma conta enorme”, diz. “É muito trabalhoso”, completa. 

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