“A Justiça do Trabalho não desconhece a grave situação que vem passando as empresas”, afirma presidente do TRT5

Em entrevista ao colunista do A Tarde e editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, Débora Machado, diz que a Justiça do Trabalho não desconhece a grave situação por que vêm passando algumas empresas. De acordo com ela, as conciliações e mediações são ferramentas importantes para a pacificação das relações trabalhistas. 

Perguntada sobre a opinião a respeito do Brasil ser um dos poucos países do mundo que tem uma justiça exclusiva para as causas trabalhistas, Débora diz que muitos dos países desenvolvidos possuem estruturas muito similares à da Justiça do Trabalho brasileira.

“Países como Inglaterra, Nova Zelândia, Alemanha, Austrália, França, Bélgica, Israel, Suécia, México, Chile, Argentina e Paraguai são alguns exemplos de países que possuem cortes especializadas em casos laborais. Inclusive, muitos dos países desenvolvidos possuem estruturas muito similares à da Justiça do Trabalho brasileira. Além disso, em vários países existem juízes especializados em matéria trabalhista, evidenciando, assim, que não é verdadeira a alegação de que apenas no Brasil existe a Justiça do Trabalho”, diz. 

Ela também falou sobre o trabalho escravo que ainda ocorre no Brasil, em pleno século XXI. “Ainda existe, lamentavelmente, trabalhadores que estão submetidos à condições análogas à escravidão, conforme se vê do trabalho realizado pelo Ministério Público do Trabalho e SRT, razão pela qual é imprescindível a existência de um ramo do Judiciário que contribua para pacificar as relações e coibir tais condutas”.