Homem se apresenta à polícia e afirma ter participado do assassinato do congolês no Rio

Um homem que afirma ter participado das agressões que resultaram na morte do congolês Moïse Kabamgabe, 24 anos, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, foi encaminhado na tarde desta terça-feira (1º) para a Delegacia de Homicídios da capital fluminense. Ele foi identificado como Alisson Cristiano Alves de Oliveira, de 27 anos. Inicialmente ele se apresentou na 34ª DP (Bangu) e depois foi conduzido para a DH, na Barra da Tijuca.

“Eu sou um dos envolvidos na morte do congolês. Quero deixar bem claro que ninguém queria tirar a vida dele, ninguém quis fazer injustiça porque ele era negro ou alguém devia a ele. Ele teve um problema com um senhor do quiosque do lado, a gente foi defender o senhor e infelizmente aconteceu a fatalidade dele perder a vida”, afirmou Alisson.

Ele também afirma que, junto com outro envolvido no espancamento, tentou prestar socorro. Alisson pediu desculpas à família de Moïse.

Diárias de trabalho

O congolês foi espancado até a morte após cobrar R$ 200 por duas diárias de trabalho não pagas no quiosque Tropicália, na orla da Barra, segundo a deputada estadual Dani Monteiro (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

As agressões aconteceram no último dia 24 de janeiro e duraram pelo menos 15 minutos. Toda a cena de violência foi  gravada pelas câmeras de segurança do quiosque.

Moïse apanhou de mais de um agressor que, segundo testemunhas, usaram pedaços de madeira e um taco de beisebol. Ele foi encontrado em uma escada, amarrado e já sem vida. Os parentes só souberam da morte na manhã de terça-feira (25), quase 12 horas após o crime.

* Com informações do Portal G1