Força Aérea Brasileira compra novos mísseis e quer mais 30 caças Gripen

Segundo o comandante da Força, Carlos de Almeida Baptista Junior, o redesenho reduz as especulações de uma frota ideal de mais de 120 aeronaves


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redacao 01/02/2022 08:09 Cidades

A Força Aérea Brasileira (FAB) começou a montar o mais moderno e caro arsenal de mísseis que o Brasil já teve para equipar o avião. O órgão quer comprar mais 30 caças Gripen, quase dobrando assim a frota de 36 que aos poucos chegam ao país.

Segundo o comandante da Força, Carlos de Almeida Baptista Junior, o redesenho reduz as especulações de uma frota ideal de mais de 120 aeronaves, feitas desde que o Brasil começou a discutir a aquisição de um novo caça, em 2001.

Conforme ele, o contrato para a compra de cargueiros KC-390 da Embraer, por exemplo, está sendo renegociado e deverá contemplar talvez metade da encomenda original de 28 aviões.

O Gripen, fabricado pela sueca Saab em um programa que vista capacitar a produção nacional na Embraer, foi comprado pelo equivalente hoje a R$ 22,6 bilhões em 2014. Não é uma aquisição de produto pronto, e sim um programa de transferência tecnológica, tanto que o modelo de dois lugares está sendo desenhado em conjunto por brasileiros e suecos.

Um avião está no Brasil desde 2020 para a campanha de testes, e quatro chegarão neste semestre para iniciar a chamada certificação militar. Ela será feita na Suécia e ratificada no Brasil, e a FAB quer contar ao todo com seis aviões até o fim do ano.

Baptista Junior crê que o processo vá durar cerca de seis meses. Ele descartou os boatos no mercado de que a FAB teria interesse em outro vetor para sua aviação de combate, o americano com tecnologia furtiva F-35. “Isso é delírio”, disse.

Tal ideia veio da recente derrota do Gripen em uma concorrência na Finlândia, para o F-35, que por ter começado a ultrapassar os problemas de alto custo que o atormentavam, passou a ser visto como uma alternativa no mercado.

O caça sueco enfrenta diversas disputas, como na Áustria, no Canadá e, de forma mais importante para um avião que poderá ser montado no Brasil, na Colômbia. Baptista Junior relativiza a preocupação com o fato de que este modelo do Gripen, a geração E/F, só foi comprado pela FAB (36 aviões) e pela Suécia (60).

“Eu acredito que vai ser um avião vitorioso, é até injusto chamá-lo de quarta geração, a arquitetura de software dele é algo incrível”, disse o militar, que concorda que “vamos ter de pagar para mantê-lo, fazer controle de obsolescência”.

Caminho diverso foi tomado para armar o Gripen. Ao longo de anos, a FAB fomentou projetos de construção de mísseis junto à fabricantes locais, mas agora a opção foi pelo “comprar”.

A nova geração de armamentos da FAB foi negociada dentro da ação orçamentária do Gripen, com alguns itens a serem custeados pelo Tesouro. Em 24 de novembro, a Força recebeu seu primeiro lote para uso operacional do míssil Meteor, do consórcio europeu MBDA, após ter um para testes com o Gripen que está no Brasil.

Trata-se de um míssil BVR (além do alcance visual, na sigla inglesa). Ou seja, o piloto o dispara a uma distância que pode variar de 100 km a 200 km de seu alvo, podendo ou não atualizar sua rota via conexão digital no caminho deixando pouquíssimo tempo de reação para o adversário.

O Meteor é considerado o mais avançado modelo do tipo no mercado. Ele combina uma fase de propulsão com combustível sólido que é substituída por um motor do tipo ramjet, que se alimenta do ar à frente para gerar velocidades até quatro vezes acima das do som (4.900 km/h).

É um armamento caríssimo. A FAB não divulga nem quantos mísseis recebeu, nem o valor -que varia e depende do escopo da compra e, claro, do parcelamento dentro do financiamento de 25 anos do governo sueco.

Mas, segundo a tabela anual de transferências de armas do referencial Sipri (Instituto Internacional de Pequisas da Paz de Estocolmo), o negócio foi de ? 200 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão hoje) para um total de cem unidades. Isso está em linha com o preço citado no mercado para o Meteor, ? 2 milhões a peça (R$ 12 milhões).

*Com informações da Folhapress.

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