‘Não defender a vacinação é defender a morte’, afirma Otto Alencar

Em análise no contexto da pandemia de que “não defender a vacinação é defender a morte”, o senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que vai cobrar, junto a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, na abertura dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional, em fevereiro, a punição dos responsáveis pelos crimes cometidos durante o combate da pandemia do novo coronavírus no país.

“Vamos cobrar, todos nós, os sete titulares da CPI, mais os suplentes. O Ministério Público de Brasília já denunciou os 12 negacionistas que brincaram com a vida do povo brasileiro, e agora estamos aguardando a Procuradoria-Geral da República dar seguimento aos processos daqueles que foram responsabilizados e indiciados pela CPI. O Brasil não pode ficar com órfãos, viúvos e netos que perderam avós andando país afora, sem que aqueles que causaram essa expansão de mortes sejam punidos”, enfatizou Otto.

Na declaração do senador, dada em entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, na rádio Nova Brasil FM, nesta terça-feira (11), ainda foi pontuado que um requerimento convocando o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi encaminhado.

“Ninguém pode se dobrar a ordem do capitão quando ele não entende nada de medicina. Como fez Mandetta e Teich, tem que honrar e ter dignidade na área de saúde, não se troca a vida de ninguém por cargo”, disse o senador, que alfinetou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e deu a entender que Queiroga deveria renunciar ao cargo de ministro.  

Ainda sobre a CPI, o senador Otto, que é médico de carreira, destacou que o Estado de Manaus teve a maior letalidade do mundo. Para ele, Bolsonaro deveria se basear pela medicina e ciência para governar o país diante de uma crise sanitária.

“Quando o presidente diz que não vai vacinar, ele induz seus seguidores a fazerem o mesmo. Agora quando ele teve uma obstrução intestinal, procurou médico especialista no exterior. No combate a pandemia, na vacinação de crianças, ele deveria ter feito o mesmo, e não rejeitar, atrasar a imunização”, pontuou.

Ao destacar o trabalho dos profissionais de saúde, o senador reforçou que a CPI teve o papel de mostrar ao Brasil o que estava acontecendo com o tratamento inadequado no combate da pandemia. “Todos nós estamos submetidos a lei. Não dá para assumir cargos sem responsabilidades, para não haver abuso de poder”, concluiu. 

Veja entrevista: